quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ENTREVISTA COM ARAMIS BRITO


1)   Aramis, como você analisa o atual governo do município de Itaguaí?
R: Eu sempre me posicionei como uma oposição a esse governo, sempre expus aquilo que achava da atual administração, nunca concordei com o modelo centralizador do prefeito, esse modelo não ouve a cidade, ignora a voz popular, e com isso sufoca o direito do outro. Não se pode governar sem antes ouvir as reais necessidades dos munícipes. Esse centralismo sinaliza uma administração voltada para os interesses do governante, a cidade acaba ficando refém de uma só pessoa, isso é altamente perigoso, cento e dez mil pessoas dependentes de uma só cabeça, para mim é um modelo antidemocrático.

2)   Você consegue ver alguma virtude nesse governo?
R: Difícil, porque não é um modelo transparente, ele fez muitas obras, asfaltou dezenas de ruas, passou um verniz na cidade, quanto custou tudo isso? Quais as empreiteiras que ganharam as licitações? Os postos de saúde que foram feitos funcionam ou é apenas propaganda eleitoreira? Quanto custa aos cofres do município o empreguismo desenfreado, as contratações feitas com objetivo meramente político-eleitoreiro? Para você analisar as virtudes de um governo tem que também analisar as motivações, os interesses, quem ganhou com o que foi realizado. Infelizmente não vejo transparência nesse governo, vejo um terrível jogo de interesses pessoais.

3)   Aramis, você sempre fez um trabalho de conscientização e denuncia, faz isso á vários anos, viu algum resultado do seu trabalho?
R: Muito, na parte da conscientização, hoje tenho uma relação com a cidade ótima, as pessoas recebem os folhetos que escrevo e interagem comigo da melhor maneira possível, tenho inúmeras experiências de pessoas que hoje se envolvem com os assuntos da cidade motivados nos escritos dos folhetos, eles me vêem como um porta-voz, como um cidadão que tem coragem de falar sobre assuntos que revelam os bastidores do poder municipal, o efeito disso é impressionante, os jovens se identificam muito com os artigos, toda sociedade participa comigo desse movimento. Na parte da denuncia entre tantas que fiz através do folheto me lembro de um artigo  que denunciei as mortes dos bebes recém-nascidos no hospital da cidade pela falta absurda de uma UTI Neonatal, me recordo que pedi uma CPI na Saúde e o secretário de saúde foi chamado na Câmara para dar um depoimento, lá um vereador leu o folheto e perguntou se o governo tinha me processado, o secretário se calou e o vereador disse: quem cala consente. 

4)   Aramis, você é um pastor, como é a sua relação com os pastores da cidade, como eles vêem o seu trabalho?
R: Sou amigo de infância de alguns pastores, uma boa parte não conheço, tenho uma relação de respeito com eles e sei também que alguns não aceitam o que eu faço, e eu os respeito, tenho conversado com alguns e eles acham que esse trabalho é parte da missão da igreja, resumindo: não tenho nenhum problema com os pastores da cidade.

5)   Como você analisa a questão que para muitos é muito polêmica da relação entre religião e política?
R: Não tenho nenhuma crise com isso, a minha analise é que igreja e estado são antagônicos, essa sim é uma relação perigosa, sou defensor do estado laico, do exercício vocacional da vida pública, eu sou um pastor evangélico, mais também sou o cidadão Aramis, que sei que na sociedade em que vivo que é democrática e graça a Deus por isso, posso conviver respeitosa e amigavelmente com cidadãos de outras religiões, e posso também fazer parte de iniciativas sociais em prol da ética, da cidadania, junto com eles. Eu não quero impor a minha igreja como resposta para os problemas da sociedade, isso nunca deu certo na história, quero sim, participar como cidadão crendo que o que Deus ensina serve para toda sociedade. Religião e política sim, Igreja e Estado não!!!!!

6)   Aramis, as eleições estão chegando, pelo que se observa ela será disputada entre o candidato do prefeito atual e o candidato do grupo G7( sete vereadores), você fica de qual lado nessa?
R: O meu trabalho visa uma mudança de modelo político profundo, esse modelo corrompido, interesseiro, corporativista, ganancioso, ninguém agüenta mais, esse modelo só interessa a um grupo e prejudica toda a sociedade que é a verdadeira dona do dinheiro. Fiz muitas criticas ao legislativo municipal pela sua passividade, pelo seu silencio diante dos desmandos do executivo, conheço todos os vereadores, por muitos anos gritei sozinho, tive coragem de dizer coisas que deixava a Câmara exposta, fiz e faço esse papel porque graças a Deus sou independente, vivo pela minha consciência e pela submissão a ética cristã, tenho certeza que a cidade vive um momento histórico, acho que o centralismo ditatorial do atual governo não pode continuar, temos que, apesar das diferenças, estar unidos para derrotar esse modelo, sempre fui oposição, não sou e nunca serei o salvador da cidade, sou mais um a contribuir para a mudança, diante do quadro atual estarei do lado do Abelardinho, dando a minha contribuição junto com a sociedade civil para que a mudança de modelo possa se tornar uma realidade.

7)   Aramis, você vem candidato?
 R: Sou um homem público na cidade, vivo aqui a 46 anos, sempre participei da vida pública opinando, criticando, denunciando, elogiando, sempre cumpri o meu papel de cidadão. Depois de muito pensar e de ouvir dezenas de opiniões de parentes e amigos, resolvi entrar na política partidária, fazendo isso como parte da minha missão, daquilo que Deus me entregou para realizar. Sou pré-candidato a vereador incentivado por muitos amigos e pela própria família. É um enorme desafio, mas vou encara-lo, creio que tenho uma história de serviços prestados a essa cidade.

8)   Aramis, você já está em algum partido?
R: Assumi a presidência do PSC ( Partido Social Cristão), estamos com um grupo de pessoas excelentes como pré-candidatos e as filiações estão acontecendo numa boa proporção.

9)   Você acha que essa próxima eleição será diferente das outras?
R: Tenho certeza que será, o voto ético vai prevalecer, o mundo está gritando contra a corrupção, os jovens estão saindo as ruas clamando por justiça, a sociedade cansou de ser enganada, eu creio muito no voto consciente, no voto ético, por isso estou assumindo todos os riscos de estar no meio da arena lutando para que a justiça prevaleça. Essa eleição será um divisor de águas na política. 

10) Dê as suas considerações finais? R: Para mim política é serviço, trabalho, transparência, lealdade e um profundo compromisso com a população, e essa é a hora de implantar esse modelo, essa é a hora de virar á página de uma triste história que nos oprimiu durante oito anos. Que Deus possa nos abençoar na caminhada!!!

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