O QUE VALE MAIS, O POBRE CIDADÃO OU O POLÍTICO LADRÃO?

Essa pergunta estava estampada numa das passeatas contra a corrupção que no dia da independência ocorreram em todo Brasil. Um cidadão de 65 anos Jenilson Araújo que participou da passeata em Brasília disse: “Quem se cala é cúmplice. Se não participarmos, nunca mudaremos este país”, o empresário Paulo Borges que participou do protesto em São Paulo levou o filho de três anos e falou: “Eu estou aqui por mim, mas principalmente por ele. Ele tem que crescer sabendo que precisa participar de tudo aquilo que é melhor para o país”. O que chamou a minha atenção para essa passeata é que ela foi marcada por meio das redes sociais, o sociólogo Manuel Castells, um dos maiores estudiosos das novas mídias e suas conseqüências no mundo globalizado afirma que a sociedade com o advento da internet está vivendo um “processo de transformação estrutural”, isso mostra que a sociedade civil cada vez mais está se tornando um canal para a transformação do Estado, a partir da pressão organizada que se desenvolve a cada dia através das redes sociais. O acesso a informação sem nenhum cerceamento, diminui a cada dia o enorme distanciamento entre representantes e representados, isso coloca a sociedade civil(eleitor) por dentro dos acontecimentos. Há uma grande manifestação marcada para o próximo dia 20 no centro do Rio de Janeiro, com o apoio das federações das indústrias (firjan) que aderiu o combate contra a corrupção juntando-se a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ABI (Associação Brasileira de Imprensa). CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) e as redes sociais (Facebook, Twitter, Orkut). Essas manifestações sinalizam profundas mudanças, tivemos duas que ficaram marcadas na história recente desse país: Diretas Já e Fora Collor. O STF ( Supremo Tribunal Eleitoral) está na mira dos manifestantes, eles tem pela frente dois julgamentos fundamentais para a definição da luta contra a corrupção: Ficha Limpa e o Mensalão. As redes sociais estão tirando a sociedade da alienação e conduzindo essa sociedade para a participação, está desencadeado no país um processo que dificilmente terá retrocesso. Viveremos com certeza dias difíceis, a ética chegou para ficar, os espertos, os malandros, os gananciosos, os venais, os sociopatas da política estão a cada dia ficando mais expostos, estão perdendo terreno, esse é um momento histórico, eu não quero ficar na arquibancada apenas olhando, eu quero estar na arena enfrentando, combatendo, participando, totalmente envolvido com uma profunda fome e sede de justiça que Jesus me ensinou a ter para ser um agente transformador do meu tempo. A hora é essa, o vento está soprando nessa direção, vamos nos unir, vamos espalhar as mensagens pelas redes sociais, vamos participar o tempo da alienação acabou. O cidadão vale mais do que o ladrão. A Deus toda a Glória!!